22 de agosto de 2008

Banda larga no Brasil

Concorrência deve reduzir preço da banda larga no Brasil

Concorrência deve reduzir preço da banda larga no Brasil

A expansão da banda larga deve acirrar a concorrência entre as empresas de telecomunicação, derrubar os preços dos pacotes de serviço e criar novos produtos. Essa é a conclusão de especialistas consultados pela Folha.


Para Manzar Feres, executiva de telecomunicações da IBM, um dos maiores ganhos com o crescimento da banda larga é que o consumidor poderá optar pela forma de acesso. Segundo ela, a disseminação da banda larga deve contribuir para a melhoria de serviços hoje existentes e a criação de novos modelos. Um dos exemplos é o "mobile banking" --dispositivo que permite a realização de transações bancárias pelo celular--, que deve ser aprimorado e disseminado entre os usuários, afirma.


A analista de telecom da consultoria Tendências, Camila Saito, cita a popularização dos pacotes de alta velocidade como uma das mudanças já provocada pela maior concorrência no mercado de banda larga. "Os preços caíram e as operadoras deram um "up grade" na velocidade dos serviços para segurar assinantes."


Para a analista da Brascan, Beatriz Battelli, a expansão do número de computadores e a migração da conexão discada para a banda larga são os fatores que justificam o aumento do número de conexões banda larga.


A estagnação do crescimento da telefonia fixa após o cumprimento das metas estabelecidas no processo de privatização do serviço obrigou as operadoras a investirem em telefonia móvel e em banda larga para crescer, afirma Feres. Segundo ela, as teles investiram pesado em tecnologia para ampliar esse mercado e agora vislumbram novas possibilidades de ganhos com distribuição de conteúdos.


Apesar do crescimento acelerado da banda larga, a expansão deve continuar tanto nas conexões fixas como móveis nos próximos anos, afirmam as analistas.


Segundo elas, a permeabilidade do serviço no população brasileira ainda é baixa, o que permitiria uma disseminação maior da banda larga. Hoje, cerca de 16% das residências do país têm conexão banda larga.

MARINA GAZZONI
Folha de S.Paulo

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