10 de outubro de 2006

Google compra site You Tube por U$ 1,65 bilhão

O Google, líder de buscas na internet, anunciou nesta segunda-feira (9) a compra do site de vídeos YouTube, o mais popular de sua categoria. A notícia sobre as negociações -- fechadas em US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 3,55 bilhões) -- começou a circular na última sexta-feira (6), depois que os jornais “The New York Times” e “The Wall Street Journal” ouviram fontes não-identificadas que acompanhavam o caso.

Alvaro Leal, consultor de tecnologia ouvido pelo G1, avalia a aquisição como positiva para ambas as partes. “O Google terá controle sobre uma página com milhões de acessos diários, na qual poderá integrar seus diversos serviços e utilizar os links patrocinados [sua principal fonte de renda]. Já o YouTube vai lucrar mais de US$ 1 bilhão com uma empresa que não teve um grande investimento inicial”, afirmou.

Apesar de já ter seu próprio serviço de exibição de vídeos, a página do Google não conquistou a mesma popularidade do YouTube, que exibe cerca de 100 milhões de arquivos a cada dia. Segundo a empresa Hitwise, que monitora o tráfego na internet, o YouTube tem 46% de participação de mercado dos vídeos on-line, contra 23% do MySpace e 10% do Google Video.

Parcerias

Os rumores sobre a compra ganharam força nesta segunda, quando Google e YouTube realizaram, separadamente, acordos com diversos representantes da indústria fonográfica -- as parcerias mostraram que as duas gigantes da internet já estavam caminhando na mesma direção.

As negociações fechadas com empresas de entretenimento permitem que o serviço Google Video exiba videoclipes das gravadoras Sony BMG e Warner Music Group. O YouTube, por sua vez, tem carta branca para divulgar material da Universal Music Group, Sony BMG e da rede de televisão norte-americana CBS. Os acordos evitam que as corporações sejam processadas pela exibição de material protegido por direitos autorais.

Desde que começou a ganhar popularidade, há cerca de um ano, o YouTube vem causando polêmica por conta dessa questão -- como os próprios internautas postam conteúdo, a página não tem controle sobre os vídeos disponíveis em seus arquivos. Desta forma, antes das parcerias restava ao site excluir os vídeos protegidos quando isso era solicitado pelos detentores dos direitos autorais (casos de estúdios cinematográficos, por exemplo).

Fonte (
Gazeta On Line)

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BOB ;P